Exponho para conhecimento do leitor, este tema reencarnação. Em decorrência da não transparência quanto a origem da vida pelas religiões, porque não investigarmos?
O Concílio de Constantinopla – 553 D.C.
Até meados do século VI, todo o Cristianismo aceitava a Reencarnação que a cultura religiosa oriental já proclamava, milênios antes da era cristã, como fato incontestável, norteador dos princípios da Justiça Divina, que sempre dá oportunidade ao homem para rever seus erros e recomeçar o trabalho de sua regeneração, em nova existência.
Aconteceu, porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino, resolveu abolir tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição, que contraria todos os princípios da ciência, pois admite a volta do ser, por ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os seus elementos constitutivos.É que Teodora, esposa do famoso Imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia retornar ao mundo, na pele de uma escrava negra e, por isso, desencadeou uma forte pressão sobre o papa da época, Virgílio, que subira ao poder através da criminosa intervenção do general Belisário, para quem os desejos de Teodora eram lei.
E assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos que a Humanidade tem conhecimento. As decisões do Concílio condenaram, inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias ( Meu'>ateus 11:14 e Malaquias 4:5 ).
Agindo dessa maneira, como se fosse soberana em suas decisões, a assembléia dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem afirmar que reencarnação não existe, tal como aconteceuna reunião dos vaga-lumes, conforme narração do ilustre filósofo e pensador cristão, Huberto Rohden, em seulivro " Alegorias ", segundo a qual, os pirilampos aclamaram a seguinte sentença, ditada por seu Chefe D. Sapiêncio, em suntuoso trono dentro da mata, na calada da noite: " Não há nada mais luminoso que nossos faróis, por isso não passa de mentira essa história da existência do Sol, inventada pelos que pretendem diminuir o nosso valor fosforescente ".
E os vaga-lumes dizendo amém, amém, ao supremo chefe, continuaram a vagar nas trevas, com suas luzinhas mortiças e talvez pensando - " se havia a tal coisa chamada Sol, deve agora ter morrido ". É o que deve ter acontecido com Teodora: ao invés de fazer sua reforma íntima e praticar o bem para merecer um melhor destinono futuro, preferiu continuar na ilusão de se poder fugir da verdade, só porque esta fora contestada peloseus'>deuses do Olimpo, reunidos em majestoso conclave.
Esse conhecimento foi transmitido
oralmente de Jesus a São Pedro, de Clemente de Alexandria,que passou, para
Orígenes, que documentou-o em De Principiis.
(185-254) - Filósofo grego, natural de Alexandria
Nasceu de pais cristãos em 185 ou 186 da nossa era, provavelmente em Alexandria. O pai, Leônidas, morreu mártir na perseguição comandada por Sétimo Seuro, em 202 ou 203. Orígenesfoi salvo pela mãe. Aos 18 anos assumiu a direção da escola catequista como sucessor de Clemente, mas em 215 os massacres praticados por Caracalla obrigaram Orígenes a deixar Alexandria, fugindo para Palestina onde os bispos Alexandre de Jerusalém e Teócito de Cesaréia o acolheram com honra e o fizeram pregar nas suas igrejas. Fundou uma escola teológica em Cesaréia, tendo como discípulo San Gregório Taumaturgo, onde permaneceu até a morte, aos 69 anos, como mártir durante perseguição comandada por Décio. Considerado o membro mais eminente da escola de Alexandria e estudioso dos filósofos gregos, sustentava em seus ensinamentos que Deus é puramente espiritual, a mônada, o Uno, e que transcende a verdade, a razão e o ser. Retomando e ampliando a noção de Clemente, Orígenes compara a ação de Deus a de um pedagogo ou de um médico, que pune e inflige males e dores para corrigir ou para curar. Explica a formação do mundo sensível com a queda das substâncias intelectuais que habitavam o mundo inteligível, sendo o mundo visível a queda e a degeneração do mundo inteligível e das puras essências racionais que o habitavam. Nesse processo de queda do mundo inteligível ao mundo sensível o logos tem uma função essencial, pois é a ordem racional do mundo, a força que determina sua unidade e o dirige. A providência divina dirige-se em primeiro lugar à educação dos homens e, a tarefa da filosofia, é esclarecer essa relação.
Orígenes dedicou uma de suas obras contra Celso, considerado um dos primeiros críticos da doutrina do cristianismo. Do que sabemos de Celso foi o próprio Orígenes quem nos deu a conhecer, inclusive a sua obra a Alêthês Lógos (O logos verdadeiro) e o livro "Discurso contra os Cristãos", obra em que Celso coloca claramente a forma como o judaismo e Cristianismo se tornaram cópias de outras religiões, tanto na questão dos mitos da arca de Noé como a circuncisão onde Celso firma que os Judeus receberam essa tradição dos egípcios.
A partir de Orígenes, sabemos ainda apenas que ele é do século II, e que escreveu a sua obra por volta de 178, e, portanto, sob o reinado do imperador Marco Aurélio (que se deu de 161 a 180).
A Alêthês Lógos, de Celso, coloca em questão vários assuntos da crença relacionados à criação e à unidade de Deus, à encarnação e ressurreição de Jesus, aos profetas, aos milagres, etc. Ela questiona também assuntos da vida religiosa, não só sobre a moral, mas também sobre a participação da Igreja e dos cristãos na vida política e social.5
http://www.caminhosluz.com.br/detalhe.asp?txt=1649
http://pt.wikipedia.org/wiki/Or%C3%ADgenes
http://www.guia.heu.nom.br/origenes.htm
http://www.apologiaespirita.org/apologia/artigos/025_O_concilio,_Origenes_e_a_reencarnacao.pdf
o tempo cíclico é o
outro grande mistério, oculto da Bíblia e os ensinamentos de Jesus.
Enfim, o
livre arbítrio não é tão livre quanto pensamos
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