No primórdio dos tempos havia o Caos, uma extensão ilimitada e desordenada, um espaço aberto em um abismo sem fundo.
Antes do Caos nada existia, o princípio extinguia-se abruptamente.
Caos, o vazio primitivo e escuro que precede toda a existência. |
No meio do abismo do Caos, em determinado momento um ínfimo chão foi instaurado, surgindo Gaia, a Terra, através do mito do cosmo e da força intelectual, encerrando a desordem do nada.
Eros, o amor |
Antes de ser atingida pela força de Eros,
Gaia trazia o principio que fecundava e era fecundada por si mesma.
Podia sozinha gerar a vida.
No ímpeto de querer um ser tão poderoso quanto ela,
concebeu Urano, o Céu estrelado, que a cobriu por inteiro.
Ainda sozinha, gerou as Montanhas, o Mar, o Ponto e as Ninfas.
No meio do Caos, depois de Gaia, surgiu a Noite, ser constituído por uma treva profunda.
Assim como Gaia, a Noite engendrou sozinha o Éter, a luz feita somente para iluminar os deuses; e, o Dia, claridade maior que se iria estender não somente aos imortais, como às criaturas perecíveis, entre elas os homens.
No instante em que se gerou a Noite, o Caos viu nascer o Érebo, lugar sombrio que se alojaria debaixo da Terra,
Érebo |
Mas Eros, o amor, força maior do que a própria madre geradora de Gaia, já não permitia que entidade alguma fecundasse solitariamente.
O amor exigia dois pólos como geradores da vida: o fecundador e o fecundado. Movida pelo impulso determinador de Eros, Gaia uniu-se ao seu filho primogênito, Urano.
Urano mostrou-se um amante apaixonado. Ao lado de Gaia, tornou-se o senhor de todos os seres e deuses. Da união e do amor dos dois, nasceram seres violentos e primitivos, povoando o universo e a Terra.
O Cosmos Depois de organizado, o Caos chamar-se-á Cosmos. Jeocaz Lee-Meddi |
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