Nunca diga que a amizade não existe; qual nos acontece, cada amigo nosso tem as suas limitações e se algo conseguimos fazer em auxílio do próximo, nem sempre logramos fazer o máximo, de vez que somente o Espírito Superior consegue tudo em todos.
quarta-feira, 12 de março de 2014
segunda-feira, 10 de março de 2014
Emmanuel: 2013 em diante …
Posted by Thoth3126 on March 6, 2014
Emmanuel: após 2012, o que esperar?
Na história humana já houve milhares de ascensões individuais, mas desta vez é diferente porque nunca a humanidade como entidade coletiva esteve no ponto evolutivo onde vocês estão agora. Seu planeta está aumentando a sua energia, expandindo a sua consciência, e por isso aumentando a sua taxa de frequência vibratória. É uma mudança monumental, e um acontecimento universal.
Observadores de muitos planetas de sóis, estrelas e constelações distantes estão aqui para testemunhar este evento único na História Galáctica.
©2009 Langa – É permitido copiar e compartilhar esta informação somente em sua totalidade, incluindo este aviso de copyright e sem alterar o conteúdo da informação.
Edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
Amados Irmãos e Irmãs da Terra, EU SOU Emmanuel e eu os acolho neste momento.
Perguntas de leitores:
Pergunta: Você disse que duas pessoas – mesmo vizinhos próximos – iriam viver diferentes resultados provindos dos eventos que acontecerão após 2012, tipo um viverá a ascensão e o outro, uma catástrofe. Poderia, por favor, explicar isto melhor?
R: Para dois indivíduos viverem o mesmo evento, eles precisam compartilhar a mesma porção do espectro vibratório. Toda a combinação possível de frequências, incluindo todos os planos em todos os universos existe na sua consciência, mas são somente as vibrações que passam através da sua consciência às que vocês percebem. Muitos de vocês crêem que antes da sua encarnação vocês escolheram os eventos na vida que desejavam viver a fim de aprender certa lição e crescerem como indivíduo, mas, na verdade, vocês não escolheram os eventos na vida, mas sim as vibrações que vocês querem viver.
Após encarnar, está tudo ali para vocês. É você, agindo no livre-arbítrio quem cria os eventos que ocorrem na sua vida, e se esses eventos o levam a viver as vibrações que você escolheu viver como parte do seu crescimento espiritual, você então os realizou. Nesse caso você pode avançar, caso contrário, você terá de tentar de novo. Então, após a encarnação você tem dois caminhos a seguir, o primeiro é criar os eventos corretos da sua vida e o segundo é expandir a sua consciência. Cabe a você escolher qual caminho você tem maior afinidade e, portanto, a maior chance de ter êxito.
As frequências de todos os universos podem ser vistas como linhas ou cordas energéticas.
Tal como as cordas de um violão, e a caixa acústica é a sua consciência. Quanto maior a caixa acústica, mais as cordas ressoarão. Quando você expande sua consciência, o mundo que você distingue se expande, permitindo mais linhas energéticas, expandindo o segmento do espectro vibratório acessível a você, por isso aumentando exponencialmente as chances de viver o tipo de vibração do grupo que você veio para cá para experimentar. A consciência pode ser vista como círculos, os círculos de dois indivíduos podem se cruzar ou não. Dois indivíduos compartilharão o mesmo mundo somente na área de interseção, onde os círculos se conectam.
Quando um desses indivíduos expande sua consciência e a consciência do outro continua a mesma, a área de interseção se torna menor porque a expansão da consciência afasta o centro do círculo dos dois pontos de interseção, até que não haja mais interseção. E quando isto ocorre, estes dois indivíduos estarão vivendo em dois mundos diferentes, desaparecendo um da realidade do outro.
Na história humana já houve milhares de ascensões individuais, mas desta vez é diferente porque nunca a humanidade como entidade coletiva esteve no ponto evolutivo onde vocês estão agora. Seu planeta está aumentando a sua energia, expandindo a sua consciência, e por isso aumentando a sua taxa de frequência vibratória. É uma mudança monumental, e um acontecimento universal. Observadores de muitos planetas de constelações distantes estão aqui para testemunhar este evento único na História Galáctica. Mas, quanto mais alto o seu planeta elevar a sua frequência, maior será a separação entre Gaia e aqueles indivíduos sem expansão da consciência. Os centros estarão cada vez mais separados até que os dois pontos de interseção desapareçam e não exista mais uma área de interseção compartilhada.
Aqueles indivíduos cuja consciência está em harmonia com a frequência de Gaia continuarão vivendo na nova Gaia de 5º densidade. Os demais vão ter de repetir o ciclo na 3ª densidade. Gaia está mudando, se você não mudar com ela através dos meios de expansão de sua consciência, você viverá o resultado após 2012 como eventos extremamente negativos. Por outro lado, se você muda com ela e mantém a sua consciência se expandindo, você jamais estará/entrará em caminhos danosos. Muitos de vocês crêem que a alma cresce através das dificuldades, quando o real crescimento é através da responsabilidade.
A expansão da consciência é a sua responsabilidade, em todos os quatro níveis de consciência. Todos os novos dias lhes trazem a oportunidade de ser responsável, assim que o SOL nasce no leste.(em breve ele irá nascer onde hoje é o norte…)
A vida é uma aventura para o infinito, visto deste modo é fácil de continuamente expandir sua consciência a partir de toda nova experiência ganha no curso da vida.
As causas não existem fora da sua consciência, elas estão dentro de vocês. Vocês são as causas de sua própria vida, somente quando vocês entenderem isto e assumirem a responsabilidade disto, a jornada da divina transformação se inicia. A partir deste momento, comecem a assumir total responsabilidade pelo seu próprio ser. Este é o modo de ser de um Trabalhador da Luz.
Pergunta: Meu despertar começou quando assisti a uma série de entrevistas em vídeo do Projeto Camelot na Internet, e li dúzias de postagens nos fóruns dizendo que a Internet os ajudou a despertar. Sei que também há coisas ruins, mas mesmo assim está ajudando muitas pessoas a encontrarem alguma verdade. O que podemos fazer se a Internet for desligada?
R: A Internet é muito mais importante do que vocês podem imaginar. Ela é a manifestação física da consciência coletiva planetária, portanto não pode ser desligada. Se por alguma razão a Internet existente desaparecer, uma nova será criada no plano formativo através da consciência coletiva. Por milhares de anos a consciência individual esteve ativando fibras energéticas e estruturas sutis que permitem comunicação direta e fácil entre a consciência humana, como também para acesso ao conhecimento coletivo. A Internet é a manifestação de todas aquelas fibras energéticas quantum no plano material, e apesar de ser controlada por poucos, ela pertence a todos.
Quando pensamentos individuais se tornam pensamentos coletivos, a grande maioria da consciência humana compartilha o mesmo grupo de frequência e seus círculos de consciência pessoal cruzam a mesma porção do espetro vibratório, compartilhando a área onde esses pensamentos manifestarão o mesmo aspecto da realidade. A Internet é um claro exemplo dessas estruturas energéticas em movimento. Os grupos no poder sabem disto e eles estão usando o mesmo mecanismo ao contrário com determinados resultados, eles tentam controlar a EVOLUÇÃO da consciência coletiva através do controle da Internet.
Pergunta: Assisti a um vídeo… ele diz que existe mais do que um “criador” do universo, na verdade ele diz que há mais do que um Deus “principal” e muitas “criações” ou universos, você poderia, por favor, me dizer se isto está correto?
R: Está incorreto e parcialmente correto ao mesmo tempo. Há muitos Universos, muitos deuses “criadores” e muitas criações, mas no início e no fim há somente Um Criador Infinito, há somente um Deus, há somente uma Alma, há somente um Ser, há somente um Pensamento e há somente uma Criação.
Pergunta: Estou vendo que a maioria das teorias sobre o fim do mundo em 2012 eram baseadas no Calendário Maia. Eu gostaria de saber se o calendário Maia é correto e preciso.
R: Os Maias usavam três calendários distintos, e nenhum deles prevê (ou previu) o fim do mundo. Um baseado em 260 dias, outro com base em 52 anos/Ciclo de Vênus, e o de Contagem Longa baseado em 1.872.000 dias. Esses calendários foram dados ao povo Maia por uma civilização extraterrestre avançada e o de Contagem Longa (13 períodos de 144.000 dias cada, iniciando em 11 de agosto de 3.144 antes de Cristo e terminando em 21 de dezembro de 2012 depois de Cristo) é o calendário mais preciso já encontrado na Terra.
(n.T. Um calendário dado aos Maias pelos gracyanos do Planeta GRACYEA, que construíram as pirâmides no Egito e no México, uma civilização extraterrestre do planeta Gracyea que orbita a estrela/sol por eles chamada de Lalm, próxima à estrela Tau Ceti, na Constelação da Baleia (Ceti), cerca de 13 anos luz de nosso sistema solar.
Para saber mais veja em:
Pergunta: Você mencionou que o tempo não existe, mas, de fato, nós o podemos medir. Como é possível isto? O que é o tempo?
R: O tempo não existe. Ele é um acordo. Antes de encarnar vocês concordaram com as regras dadas pelo Logos, caso contrário vocês não estariam aqui. Isto significa que uma parte da sua consciência está focada nas frequências que criam a ilusão de tempo. Essas frequências são compartilhadas por cada simples consciência individual e a consciência no seu planeta, cumprindo o acordo coletivo, então manifestando o tempo. O Criador Infinito deu a todos os Logos Centrais a liberdade/opção de criar acordos coletivos a fim de ajudar vocês no seu processo de evolução. O tempo é um desses acordos, tal como a gravidade. A gravidade – como o tempo – não existe. Seus cientistas podem medi-la, mas ela é simplesmente um acordo coletivo. Após a morte física, estes são os dois primeiros acordos que vocês não têm mais que honrar, só então vocês entenderão que o Tempo e a Gravidade não existem e vocês darão uma grande gargalhada por causa de todo o conceito do seu Tempo.
Pergunta: Você disse que o Amor Incondicional é a Chave que abrirá todas as portas. Você também disse que o poder de um que está neste estado de consciência contrabalanceia milhares de indivíduos inconscientes. Onde posso encontrar a chave? Quantos da população existente na Terra a encontraram? E quantas pessoas contrabalanceiam cada uma da outras?
R:O Amor é a chave mestre, mas é uma chave que você não pode ter, ela tem você. Cerca de 25.000.000 de indivíduos alcançaram o estado consciente de amor incondicional na história do seu planeta. Um Indivíduo com este nível de consciência harmoniza por quase 900.000 indivíduos no estado de consciência no nível de “ausência de Amor/Medo”.
Pergunta: Você disse que a iluminação acontece quando a consciência humana se funde com a consciência do Eu Superior, como podemos fazer isso? E em que “nível superior” na hierarquia universal está o nosso Eu Superior?
R: Superior se refere ao estado de consciência, não à posição em qualquer hierarquia. A real fusão da sua consciência com a consciência do seu Eu Superior é o pico de iluminação e é o divino conhecimento da suprema verdade da existência. Mas a iluminação começa muito cedo, com a compreensão simultânea da Compaixão com a Sabedoria. Esta é a alquimia da alma e leva à permanente Alegria. Alegria é outro nome para iluminação. Cada momento da existência é uma fonte de Alegria/Iluminação.
Pergunta: O karma realmente existe?
R: O reino do Karma é onde seu renascimento humano começa. Antes de encarnar você escolhe quais frequências você deseja viver na sua próxima vida a fim de continuar crescendo como consciência individual. Mas você não pode escolher quaisquer vibrações, mas sim entre um número limitado de opções. Seu registro kármico impõe os limites. Quanto mais karma orientado ao negativo você traz do passado, menos opções você tem. Por outro lado, quando você vive uma vida com um bom coração, automaticamente expande o número de grupos de frequências que você pode escolher para a sua próxima encarnação. Veja, ninguém lhe impõe uma decisão, você é totalmente livre perante a opção, mas uma vez que você tenha decidido, a sua própria escolha traz a limitação. Este é um processo natural que todo ser humano tem que passar antes de encarnar.
Pergunta: Eu vejo coisas ruins acontecendo para as pessoas pelo mundo inteiro, com mais frequência e mais intensidade, e ao mesmo tempo, muitos como você falam de esperança, amor, luz e ascensão. O que está acontecendo!?
R: A noite fica muito escura antes que ela chegue ao seu fim, instantes antes do Sol nascer, trazendo um novo dia. Da mesma forma, eventos negativos chegam com grande força (nos momentos finais do ciclo em que estamos vivenciando no planeta) como uma indicação de que logo eles terminarão e uma nova era se iniciará.
Pergunta: Por que temos que viver tantas vidas antes de voltarmos para a Fonte?
R: Porque até vocês encontrarem sua verdadeira casa, vocês têm que continuar viajando.
Pergunta: O que é a morte exatamente?
R: A morte não é nada além do que uma mudança de frequência da Consciência.
Pergunta: Você disse que todos têm uma razão para estar aqui na Terra nesta época, ter um dever a cumprir. E se eu não souber minhas razões ou deveres?
R: Seu único dever é ser feliz. Sua alma sabe a razão para você estar aqui, olhe para o seu interior. Vou lhe dar uma dica: Alegria. A Alegria flui vibrações da mais alta frequência através do seu sistema; ela traz conhecimento que transcende o espaço e o tempo. A Verdadeira Alegria põe em movimento poderosas forças de amor/energia que cadenciam o entendimento imaginável do aprendizado da terceira densidade. A Alegria cria sua própria força de vida e habilita você a obter todas as respostas no seu interior.
EU SOU Emmanuel
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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
MADRE TEREZA DE CALCUTÁ O MITO E A MENTIRA
O MITO E A MENTIRA DE MADRE TEREZA DE CALCUTÁ
Texto de Anne Christine Rodrigues Mendes – Recife/PE
publicado no HUMANITAS nº 15 – Outubro/2013
Para Madre Teresa de Calcutá, se todos os cristãos seguirem à risca e cumprirem o significado do sofrimento e da dor estarão a salvo no reino dos céus
“Há algo de belo em ver os pobres aceitarem sua sina e de sofrerem tal como Jesus Cristo. O mundo ganha muito com seu sofrimento”. Essa frase é polêmica. Quem a citou foi Tereza de Calcutá, considerada uma das últimas santas pela Igreja Católica de Roma. Com esse e muitos outros posicionamentos dela, a realidade atual enterra de vez o mito de altruísmo e generosidade que acompanhou o desenrolar da vida dessa mulher.
Tudo foi construído e falsificado pelos cardeais da Igreja no que tange à vida e aos escritos publicados no nome de madre Tereza de Calcutá. Como sempre a força do poder religioso cria e recria imagens e ditos falsos. Fato que vem desde priscas eras, quando a lenda de um crucificado foi criada e divulgada para o mundo. Tal como deve ter ocorrido com tantos outros ditos santos e mártires, a beatificação de Tereza de Calcutá foi orquestrada por uma eficiente campanha de assessoria de imprensa.
O Vaticano durante o processo de beatificação de Madre Teresa jamais levou em consideração, como bem salientou o professor Serge Larivée, estudioso de sua vida, “o jeito dela um tanto quanto duvidoso de cuidar dos doentes, seus contatos políticos questionáveis, a administração suspeita das enormes quantias de dinheiro que recebeu e suas visões excessivamente dogmáticas em relação a, particularmente, o aborto, a contracepção e o divórcio.”
“Enquanto procurávamos documentos sobre o fenômeno do altruísmo para um seminário de ética, um de nós deparou-se com a vida e o trabalho da mulher mais celebrada da Igreja Católica, hoje parte da nossa imaginação coletiva – Madre Teresa – cujo nome real era Agnes Gonxha”, diz o professor Larivée, que liderou a pesquisa. “A descrição atiçou nossa curiosidade e nos levou a pesquisar mais a fundo.”
O estudo do pesquisador e de seus companheiros derruba o mito de Madre Teresa. Ele observou que na época de sua morte, Madre Teresa já tinha aberto e inaugurado 517 missões que acolhiam pobres e doentes em mais de 100 países. Essas missões foram descritas como “casas para os mortos” por médicos que visitaram diversos desses estabelecimentos em Calcutá. De acordo com o professor Larivée, dois terços das pessoas que iam a essas missões tinham esperança de encontrar um médico para tratá-las, enquanto um terço agonizava sem receber o cuidado apropriado. Os médicos encontraram uma significativa falta de higiene, condições impróprias, falta de cuidado de fato, comida inadequada e ausência de analgésicos.
Porém, falta de assistência financeira não existia. A Fundação criada por Madre Teresa arrecadou milhões de dólares, mas tinha como lema peculiar a forma de tratar os doentes como se o sofrimento e a morte fossem algo de santo, seguindo à risca a pregação bíblica do pretenso filho de seu deus. Para ela, se todos os cristãos seguirem à risca e cumprirem o significado do sofrimento e da dor estarão a salvo no reino dos céus, pois como ela bem salientou em entrevista ao jornalista Christopher Hitchens: “Há algo de belo em ver os pobres aceitarem sua sina”. Só que ela não seguiu a sina dos pobres quando adoeceu, pois solicitou cuidados paliativos e recebeu esses cuidados em um moderno hospital norte-americano.
Madre Teresa de Calcutá, realmente, foi uma mulher extremamente generosa com seus seguidores. Mas não foi generosa com os milhões de pobres e famintos que a procuravam, buscando acabar com seus sofrimentos na terra. Nunca ela ofereceu a esses milhões ajuda financeira direta ou indireta. Porém, jamais deixou de ofertar orações e medalhinhas da chamada Virgem Maria, aos flagelados das numerosas enchentes ocorridas na Índia, quando morreram milhares de seres humanos.
De acordo também com o professor Larivée, milhões de dólares foram transferidos para as suas mais diversas contas bancárias da OMS, mas a maioria das contas era mantida em segredo. Ele indaga: “Dada a administração parcimoniosa dos trabalhos de Madre Teresa, é de se perguntar para onde foram os milhões de dólares enviados para os pobres.”
Pergunto: como Madre Teresa de Calcutá conseguiu construir uma imagem de santidade e infinita bondade? De acordo com os pesquisadores, foi crucial o encontro que ela teve em 1968 com o jornalista antiaborto da BBC, Malcom Muggeridge, que compartilhava com seus valores de direita católica. Esse jornalista decidiu promover Madre Teresa e ela imediatamente descobriu o poder da mídia.
Madre Teresa viajou pelo mundo todo e recebeu diversos prêmios, incluindo o Nobel da Paz. No seu discurso de aceitação do prêmio, ela recitou sobre as mulheres da Bósnia que haviam sido estupradas pelos sérvios e que solicitavam o aborto. Disse: “O maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança – um assassinato direto da criança inocente - assassinato pela própria mãe”.
Após a sua morte, o Vaticano decidiu beatificá-la. O milagre atribuído a ela foi a cura de uma mulher, Monica Besra, que vinha sofrendo de intensa dor abdominal. A mulher testemunhou ter sido curada depois que uma medalha abençoada por Madre Teresa foi posta em seu abdômen. No entanto, seus médicos negaram isso. Eles salientaram que o cisto no ovário e a tuberculose que essa mulher vinha sofrendo foram curados pelos medicamentos que eles haviam dado. O Vaticano passou por cima da palavra da ciência e concluiu que tinha ocorrido um milagre.
Realmente, a Igreja Católica continua seguindo os trâmites usuais que a norteiam, onde imperam a mentira e a hipocrisia, pois a popularidade de Madre Teresa era tamanha que ela tornou-se intocável para a população, que a declarou santa. O que pode ser melhor do que a beatificação seguida de canonização deste modelo para revitalizar a Igreja e inspirar os fiéis, especialmente em uma época em que as igrejas estão vazias e a santa autoridade romana em declínio?
Veja mais em: http://phys.org/news/2013-03-dispell-myth-altruism-generosity-mother.html#jCp
Texto de Anne Christine Rodrigues Mendes – Recife/PE
publicado no HUMANITAS nº 15 – Outubro/2013
Para Madre Teresa de Calcutá, se todos os cristãos seguirem à risca e cumprirem o significado do sofrimento e da dor estarão a salvo no reino dos céus
“Há algo de belo em ver os pobres aceitarem sua sina e de sofrerem tal como Jesus Cristo. O mundo ganha muito com seu sofrimento”. Essa frase é polêmica. Quem a citou foi Tereza de Calcutá, considerada uma das últimas santas pela Igreja Católica de Roma. Com esse e muitos outros posicionamentos dela, a realidade atual enterra de vez o mito de altruísmo e generosidade que acompanhou o desenrolar da vida dessa mulher.
Tudo foi construído e falsificado pelos cardeais da Igreja no que tange à vida e aos escritos publicados no nome de madre Tereza de Calcutá. Como sempre a força do poder religioso cria e recria imagens e ditos falsos. Fato que vem desde priscas eras, quando a lenda de um crucificado foi criada e divulgada para o mundo. Tal como deve ter ocorrido com tantos outros ditos santos e mártires, a beatificação de Tereza de Calcutá foi orquestrada por uma eficiente campanha de assessoria de imprensa.
O Vaticano durante o processo de beatificação de Madre Teresa jamais levou em consideração, como bem salientou o professor Serge Larivée, estudioso de sua vida, “o jeito dela um tanto quanto duvidoso de cuidar dos doentes, seus contatos políticos questionáveis, a administração suspeita das enormes quantias de dinheiro que recebeu e suas visões excessivamente dogmáticas em relação a, particularmente, o aborto, a contracepção e o divórcio.”
“Enquanto procurávamos documentos sobre o fenômeno do altruísmo para um seminário de ética, um de nós deparou-se com a vida e o trabalho da mulher mais celebrada da Igreja Católica, hoje parte da nossa imaginação coletiva – Madre Teresa – cujo nome real era Agnes Gonxha”, diz o professor Larivée, que liderou a pesquisa. “A descrição atiçou nossa curiosidade e nos levou a pesquisar mais a fundo.”
O estudo do pesquisador e de seus companheiros derruba o mito de Madre Teresa. Ele observou que na época de sua morte, Madre Teresa já tinha aberto e inaugurado 517 missões que acolhiam pobres e doentes em mais de 100 países. Essas missões foram descritas como “casas para os mortos” por médicos que visitaram diversos desses estabelecimentos em Calcutá. De acordo com o professor Larivée, dois terços das pessoas que iam a essas missões tinham esperança de encontrar um médico para tratá-las, enquanto um terço agonizava sem receber o cuidado apropriado. Os médicos encontraram uma significativa falta de higiene, condições impróprias, falta de cuidado de fato, comida inadequada e ausência de analgésicos.
Porém, falta de assistência financeira não existia. A Fundação criada por Madre Teresa arrecadou milhões de dólares, mas tinha como lema peculiar a forma de tratar os doentes como se o sofrimento e a morte fossem algo de santo, seguindo à risca a pregação bíblica do pretenso filho de seu deus. Para ela, se todos os cristãos seguirem à risca e cumprirem o significado do sofrimento e da dor estarão a salvo no reino dos céus, pois como ela bem salientou em entrevista ao jornalista Christopher Hitchens: “Há algo de belo em ver os pobres aceitarem sua sina”. Só que ela não seguiu a sina dos pobres quando adoeceu, pois solicitou cuidados paliativos e recebeu esses cuidados em um moderno hospital norte-americano.
Madre Teresa de Calcutá, realmente, foi uma mulher extremamente generosa com seus seguidores. Mas não foi generosa com os milhões de pobres e famintos que a procuravam, buscando acabar com seus sofrimentos na terra. Nunca ela ofereceu a esses milhões ajuda financeira direta ou indireta. Porém, jamais deixou de ofertar orações e medalhinhas da chamada Virgem Maria, aos flagelados das numerosas enchentes ocorridas na Índia, quando morreram milhares de seres humanos.
De acordo também com o professor Larivée, milhões de dólares foram transferidos para as suas mais diversas contas bancárias da OMS, mas a maioria das contas era mantida em segredo. Ele indaga: “Dada a administração parcimoniosa dos trabalhos de Madre Teresa, é de se perguntar para onde foram os milhões de dólares enviados para os pobres.”
Pergunto: como Madre Teresa de Calcutá conseguiu construir uma imagem de santidade e infinita bondade? De acordo com os pesquisadores, foi crucial o encontro que ela teve em 1968 com o jornalista antiaborto da BBC, Malcom Muggeridge, que compartilhava com seus valores de direita católica. Esse jornalista decidiu promover Madre Teresa e ela imediatamente descobriu o poder da mídia.
Madre Teresa viajou pelo mundo todo e recebeu diversos prêmios, incluindo o Nobel da Paz. No seu discurso de aceitação do prêmio, ela recitou sobre as mulheres da Bósnia que haviam sido estupradas pelos sérvios e que solicitavam o aborto. Disse: “O maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança – um assassinato direto da criança inocente - assassinato pela própria mãe”.
Após a sua morte, o Vaticano decidiu beatificá-la. O milagre atribuído a ela foi a cura de uma mulher, Monica Besra, que vinha sofrendo de intensa dor abdominal. A mulher testemunhou ter sido curada depois que uma medalha abençoada por Madre Teresa foi posta em seu abdômen. No entanto, seus médicos negaram isso. Eles salientaram que o cisto no ovário e a tuberculose que essa mulher vinha sofrendo foram curados pelos medicamentos que eles haviam dado. O Vaticano passou por cima da palavra da ciência e concluiu que tinha ocorrido um milagre.
Realmente, a Igreja Católica continua seguindo os trâmites usuais que a norteiam, onde imperam a mentira e a hipocrisia, pois a popularidade de Madre Teresa era tamanha que ela tornou-se intocável para a população, que a declarou santa. O que pode ser melhor do que a beatificação seguida de canonização deste modelo para revitalizar a Igreja e inspirar os fiéis, especialmente em uma época em que as igrejas estão vazias e a santa autoridade romana em declínio?
Veja mais em: http://phys.org/news/2013-03-dispell-myth-altruism-generosity-mother.html#jCp
Eu sou quem você pensa quem sou
por Beth Stojkovic
Eu sou quem você pensa quem sou...
Eu sou quem quer que você pense que eu sou, porque isso depende de você. Se você olhar para mim num vazio total, eu serei de uma maneira.
Se olhar para mim com ideias na mente, essas ideias vão me colorir. Se se aproximar de mim com preconceito, então serei de outra maneira. Eu sou apenas um espelho. A sua face será refletida nele. Assim, depende da maneira como me olha.
Agora você tem completa liberdade. Se quiser realmente saber quem sou, você precisa estar tão absolutamente vazio quanto eu. Desse modo, dois espelhos estarão um diante do outro e só o vazio será refletido.
Um vazio infinito será refletido: dois espelhos se olhando. Mas se existir em você alguma ideia, então você verá sua própria ideia em mim."
Osho
Eu sou quem você pensa quem sou...
Eu sou quem quer que você pense que eu sou, porque isso depende de você. Se você olhar para mim num vazio total, eu serei de uma maneira.
Se olhar para mim com ideias na mente, essas ideias vão me colorir. Se se aproximar de mim com preconceito, então serei de outra maneira. Eu sou apenas um espelho. A sua face será refletida nele. Assim, depende da maneira como me olha.
Agora você tem completa liberdade. Se quiser realmente saber quem sou, você precisa estar tão absolutamente vazio quanto eu. Desse modo, dois espelhos estarão um diante do outro e só o vazio será refletido.
Um vazio infinito será refletido: dois espelhos se olhando. Mas se existir em você alguma ideia, então você verá sua própria ideia em mim."
Osho
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
sábado, 12 de outubro de 2013
sábado, 5 de outubro de 2013
Censuras religiosas
Livres dos Fardos Religiosos
Para que as falcatruas, as mentiras e outras coisas do gênero não fossem descobertas pelo povo e para que os dogmas, as doutrinas, os rituais e outros elementos de uma religião não fossem desmoralizados, uma ferramenta muito usada foi a censura de obras literárias, científicas e artísticas.
Descrição: Censura. Data: setembro/2013. Autor: Maralvestos. Licença CC BY-SA.
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Hoje escrevemos e lemos um monte de coisas na Internet. No passado, não havia essa liberdade. Muitos países controlavam tudo que era difundido, impedindo críticas e novas idéias contra o poder estabelecido. E a Igreja, claro, entrou nessa onda.
Censura religiosa é a condenação de certos trabalhos literários, científicos ou artísticos.
No século III a.C., na China, o imperador Qin Shi Huangdi mandou queimar todos os livros sagrados confucionistas e matar quem tinha conhecimento desses livros. [1], [2]
No início do século IV, o imperador romano Constantino, após promulgar o Edito de Milão, apoiou o cristianismo, mais precisamente o grupo conhecido como católicos, e a classe clerical ganhou mais poder. [3]. Os católicos já pregavam a doutrina da Santíssima Trindade, que dizia que há um único Deus manifestado em três pessoas distintas (o Pai, o Filho e o Espírito Santo). Segundo essa doutrina, Jesus, o Filho, e o Espírito Santo também são Deus sem serem outros deuses, mas outras pessoas consubstanciais (da mesma natureza e substância) ao Pai. [4] É claro que nem todos concordaram com essa doutrina. Nessa época, por exemplo, o presbítero Ário de Alexandria considerava Cristo como uma pessoa preexistente e divina abaixo de Deus e acima dos seres humanos, de natureza intermediária entre o Pai e a humanidade. Para ele, Cristo estava subordinado ao Pai. Não era, como ensinam os trinitários (seguidores da doutrina da Santíssima Trindade) o mesmo Deus manifesto em outra pessoa. [5], [6] Na época, Alexandre I era o patriarca de Alexandria, e ele condenou Ário. [7] Depois foi novamente condenado no I Concílio de Nicéia, em 325, que também condenou o seu livro intitulado “Thalia”. [8], [9] Constantino foi mais longe e ordenou que todos os escritos de Ário fossem queimados. Quem os ocultasse poderia ser condenado à morte. A partir dessa época, nos concílios e nos sínodos, tornou-se comum condenar qualquer outra doutrina, censurando qualquer escrito que ensinasse alguma doutrina diferente das doutrinas católicas. Assim, muitos livros e escritos foram queimados. [10]
No século V, o papa Gelásio I (492-496) elaborou uma lista de livros conhecida como Decreto Gelasiano, onde foi feita uma relação de livros permitidos e outra de livros rejeitados, além do rol de livros tidos como sagrados, incluídos na Bíblia. [11], [12], [13], [14], [15] Entre os livros permitidos, além dos livros da Bíblia, temos as obras do bispo Cipriano de Cartago, do bispo Gregório Nanzianzeno, do bispo Teófilo de Alexandria; do bispo Cirilo de Alexandria; do bispo Ambrósio de Milão; do bispo Agostinho de Hipona; do sacerdote Jerônimo, etc. Esses têm sido muito citados. Embora não estejam na Bíblia, eles são considerados como obras confiáveis dos pais da Igreja, onde se encontram a defesa de muitas doutrinas comuns em muitas igrejas, principalmente a Igreja Católica e Ortodoxa. Esses são os que integram o período chamado de Patrística. [16], [17], [18], [19], [20] Entre os livros rejeitados, podemos citar: Atos de André, Atos de Tomé, Atos de Pedro, Atos de Filipe, Evangelho de Matias, Evangelho de Barnabé, Evangelho de Tiago Menor, Evangelho de Pedro, Evangelho de Tomé, Evangelho de Bartolomeu, Evangelho de André, dentre muitos outros e também as obras dos que foram considerados hereges como: Simão Mago, Nicolau, Cerinto, Marcião, Basílides, Ebion, Paulo de Samósata, Fotino, Montano, Apolinário, Valentino, Maniqueu, Fausto Africano, Sabélio, Ário, Macedônio, Eunômio, Novato, Sabácio, Calisto, Donato, Eustácio, Joviano, Pelágio, Juliano de Eclanum, Celéstio, Maximiano, Prisciliano da Espanha, Nestório de Constantinopla, Máximo Cínico, Lampécio, Dióscoro, Êutiques, etc. [21]
O ato de relacionar os livros que a Igreja aprovava e os que ela desaprovava não foi nenhum problema em si. O problema foi a censura por meio de atos constrangedores como a queima de livros e escritos além de penas rigorosas para os seus autores. Nestório, teólogo grego e patriarca de Constantinopla, por exemplo, teve as suas obras queimadas por ordem do imperador romano do Oriente Teodósio II. Os seus ensinos não estavam de acordo com os ensinos apoiados pelo império. Para ele, Maria era simplesmente a mãe da natureza humana de Jesus. Não era a mãe de Deus como alguns estavam dizendo. Ele acreditava que as naturezas humana e divina de Cristo eram separadas. [22], [23] A igreja e o imperador poderiam muito bem discordar de Nestório, mas não precisava agir com insolência.
Outro exemplo nojento: no início do século XV (1414-1418) aconteceu o Concílio de Constança, realizado na cidade alemã de mesmo nome. Entre as diversas decisões tomadas, a Igreja Católica declarou o reformador religioso John Wycliffe como herege e ordenou que fossem queimados os seus escritos. Além disso, ele, que já estava morto desde 1384, teve os restos mortais do seu corpo desenterrados e queimados e suas cinzas lançadas num rio. [24], [25], [26] Será que a Igreja não podia apenas discordar de John, sem ter que agir com todo esse autoritarismo?
Até o século XV, a literatura era manuscrita ou preparada através de certos recursos rústicos. Mas nesse século, Johann Gutenberg inventou a imprensa e, a partir de então, as obras literárias passaram a ser difundidas com mais eficiência e rapidez. [27]. No século seguinte, aconteceu a Reforma protestante. E os reformadores puderam divulgar suas idéias através de suas obras impressas. Lutero, por exemplo, teve as suas 95 teses rapidamente difundidas em toda a Europa.[28], [29]. E a Igreja Católica, a partir da invenção da imprensa e, com a divulgação de novas doutrinas, resolveu reagir.
· Em 1515, durante o V Concílio de Latrão , o papa leão X promulgou a bula Sollicitudines Inter proibindo, sob pena de excomunhão, a impressão de livros, sem a autorização da Igreja. Todos os textos, sem exceção, foram submetidos à censura. Antes de ser impresso qualquer livro, a Igreja tinha que examiná-lo. Caso fosse aprovado, era concedida a autorização para que ele pudesse ser impresso. Essa autorização, chamada de imprimátur, palavra latina que quer dizer “imprima-se”, só podia ser fornecida pelas autoridades da Igreja. [32], [33], [34], [35]
· Em 15 de junho de 1520, o mesmo papa Leão X emitiu a bula Exsurge Domine proibindo todos os escritos de Lutero sob pena de excomunhão. [36], [37], [38]
· Em 1524, o papa Clemente VII, usando a bula In Coena Domini que já estava em vigor desde o século XIV, prevendo excomunhões para diversos casos, incluiu também uma cláusula condenando todos os escritos considerados heréticos, incluindo os de Lutero. [39], [40], [41]
· Em 1542, o papa Paulo III organizou a Inquisição Geral que ficou responsável por supervisionar os livros principalmente em Roma e na Itália. [42]
· Em 1543, este tribunal escreveu um catálogo de livros proibidos, juntamente com um decreto bastante rigoroso. [43]
· A partir desse século XVI, catálogos com livros censurados foram publicados pelas autoridades políticas e eclesiásticas, particularmente na Inglaterra, Holanda , França , Alemanha e Itália.
· Em 1559, o papa Paulo IV publicou o catálogo da Inquisição, que foi a primeira lista oficial da Igreja feita para o mundo inteiro e ficou conhecida como Índice de Livros Proibidos ou, no latim, Index Librorum Prohibitorum. [44]
· Em 1546, no Concílio de Trento, depois de debatida a reorganização da censura e proibição de livros, surgiu oTridentinus Index, que foi aprovado e publicado pelo papa Pio IV, em 1564. Esse foi editado várias vezes, ao longo dos séculos seguintes, recebendo novas adições. [45], [46]
· Em 1558 na Espanha, foi implantada a pena de morte para quem importasse livros estrangeiros sem permissão ou para quem imprimisse sem a autorização oficial. [47], [48]
· Em 1966, depois de 407 anos de censura, o Index foi abolido pelo Papa Paulo VI. (Quanto tempo, hein!?) [50] Paulo IV atrapalhou. Paulo VI consertou.
Livros de apóstatas, hereges e cismáticos; que defendiam o duelo, o suicídio, divórcio; sobre sociedades secretas como a Maçonaria; sobre feitiçaria, adivinhação, magia, espiritismo e similares; sobre coisas obscenas e imorais; que insultavam a Deus, a Virgem Maria, os santos, a Igreja Católica, os seus ritos, os sacramentos ou a Sé Apostólica; que visavam a difamação da hierarquia eclesiástica, o clero; todas as edições e versões da Sagrada Escritura não aprovadas pela competente autoridade eclesiástica; todos os livros litúrgicos como: missais, breviários e similares, alterados sem a aprovação da Sé Apostólica; livros devocionais de oração ou panfletos; catecismos e livros de instrução religiosa; livros e panfletos de ética, ascetismo e misticismo ou outros da mesma classe; livros e escritos que continham novas aparições, revelações, visões, profecias, milagres, ou aqueles que tentavam introduzir novas devoções públicas ou privadas, no caso de aparecer sem aprovação eclesiástica legítima. Todos os livros e escritos com qualquer uma dessas características eram censurados. [51], [52]
Livros e escritos de vários cientistas, filósofos, enciclopedistas, pensadores, romancistas e teólogos foram inseridos no Index como, por exemplo: Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Giordano Bruno, Nicolau Maquiavel, Erasmo de Roterdão, Baruch de Espinosa, John Locke, Blaise Pascal, Thomas Hobbes, René Descartes, Rousseau, Montesquieu, Auguste Comte, David Hume ou Immanuel Kant, Alexandre Dumas, Voltaire, Victor Hugo, Emile Zola, La Fontaine, João Calvino, Martinho Lutero, etc. Esses são alguns nomes mais conhecidos que foram parar na lista. [53], [54], [55], [56], [57]
Da mesma forma, igrejas protestantes proibiram certos livros diferentes. João Calvino, além de mandar queimar na fogueira o médico e teólogo espanhol Miguel Serveto, também reduziu a cinzas os seus livros. [58]
No Novo Testamento não há bases para a censura. Nem Jesus e nem os apóstolos fizeram isso. Paulo disse para examinar tudo, ficar com o que é bom e deixar de lado o que for ruim. (1 Tessalonicenses 5.21-22.) [59] Por isso, podemos dizer que não devemos proibir nada. Cada um preciso ser livre a ponto de poder, conscientemente, decidir o que seguir e o que não seguir. Paulo disse ainda: “Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo,tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne.” (Colossenses 2.20-23, RC.) [60] Então, precisamos aprender a fugir do que não presta de forma livre. Atos 19.19 diz: “Também muitos dos que seguiam artes mágicas trouxeram os seus livros e os queimaram na presença de todos, e, feita a conta do seu preço, acharam que montava a cinqüenta mil peças de prata.” (RC.) [61] Esse texto não serve de base para nenhuma censura, porque aqui, muitos dos que seguiam artes mágicas decidiram, espontaneamente, sem nenhum constrangimento, queimar seus livros.
Descrição: Liberdade de imprensa. Data: setembro/2013. Autor: Maralvestos. Licença CC BY-SA.
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Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo XVIII, toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião. O mesmo artigo diz que esse direito inclui a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino. [62], [63] Isso quer dizer que não podemos perseguir, com nenhum tipo de censura, aqueles que divulgam elementos religiosos diferentes dos nossos. Temos o direito de criticar e reprovar certas obras religiosas, mas não podemos proibi-las. Proibir não adianta. Tudo que é proibido desperta curiosidade e acaba atraindo mais as pessoas. E foi exatamente o que aconteceu com os livros do Index. O que precisamos fazer é apenas conscientizar as pessoas sobre o que é bom e o que é ruim. Cada um deverá, conscientemente, decidir o que vai aceitar. A censura estimula ainda mais o desejo de conhecer o que foi proibido e impede o progresso do conhecimento, deixando a humanidade escravizada.
Que todos nós possamos ser livres para publicar nossas idéias ou ler o que foi publicado. Que cada um possa ser maduro capaz de separar o joio do trigo para não ter que ficar preso num celeiro, o tempo todo.
Como disse Medeiros de Albuquerque: “Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós.” [64], [65], [66] Sim, porque os livros abertos são como aves a voar... E ninguém mais deve ser escravo de nenhum império religioso.
Autor: Maralvestos Tovesmar. Este texto (não o site inteiro) está disponível nos termos da licença CC BY-NC-ND. Pode ser copiado e distribuído, informando o autor e o link seguinte, mas não pode ser modificado e nem comercializado. Data: 2013. Veja outras mensagens emhttp://livresdosfardosreligiosos.blogspot.com.br
[46] Ibidem
[48] http://books.google.com.br/books?id=i3X6kedmfUQC&pg=PA199&lpg=PA199&dq=1558+Espanha+pena+de+morte+livros+estrangeiros++autoriza%C3%A7%C3%A3o+da+Igreja.&source=bl&ots=R7t5z5J31t&sig=Y9tPS1rr5XXs09ABxb_3GDwJzco&hl=pt-BR&sa=X&ei=-UFEUsCXJ4ae9QS9uICQAQ&ved=0CEQQ6AEwAg#v=onepage&q=1558%20Espanha%20pena%20de%20morte%20livros%20estrangeiros%20%20autoriza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Igreja.&f=false
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