Hannah Arendt - Política
Hannah Arendt foi uma teórica política alemã, uma das principais pensadoras do século 20 que sempre recusou o título de filósofa.Hannah Arendt nasceu em 14 de Outubro de 1906, em Hanôver, Prússia. Pertencente a uma família judia, não recebeu educação religiosa da tradição, profeçou sua fé em deus de maneira livre. Hannah passou a vida a compreender o destino do povo judeu perseguido por Hitler. Formulou o célebre conceito da banalidade do mal. Estudou teologia e filosofia com Martin Heidegger, foi aluna de Jasper e admiradora da obra de Kiekegaard.
Toda a obra de Hannah Arendt é um diálogo com os dilemas morais e políticos do século 20, onde analisa o indíviduo e sua relação com o poder. Seu foco de estudo foi o fenômeno do pensamento e da maneira que ele atua dentro de diferentes contextos históricos obscuros. O trabalho filósofico de Hannah Arendt aborda temas como, política, educação, violência, condição da mulher, os direitos individuais, a família, a sociedade de massa; tudo em nome da liberdade.
Livros Escritos por Hannah Arendt e abordagens Políticas:
"Origem do Totalitarismo"
O primeiro livro escrito por Hannah Arendt foi "Origens do Totalitarismo", escrito em 1951. O livro fala da semelhança entre nazismo e comunismo, tratando as duas ideologias como totalitárias que sobreviveram dada a banalização do terror, da manipulação política das massas. Hitler e Stalin são colocados como sendo as duas faces da mesma moeda, que alcançaram o poder por terem explorado a solidão organizada das massas. Nesse livro, Hannah mostra a importância de se voltar ao passado para poder compreender o presente. Quando a autora fala, voltar ao passado, não significa dizer para a tradição.
"A Condição Humana", de Hannah Arendt
No segundo livro, "A Condição Humana", Arendt alerta: A condição humana não é a mesma coisa que a natureza humana. A condição humana diz respeito às formas de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. São condições que tendem a suprir a existência do homem. As condições variam de acordo com o lugar e o momento histórico do qual o homem faz parte. Nesse sentido todos os homens são condicionados, até mesmo aqueles que condicionam o comportamento de outros tornando-se condicionados pelo próprio movimento de condicionar. Sendo assim, somos condicionados por duas maneiras:
- Pelos nossos próprios atos, aquilo que pensamos, nossos sentimentos, em suma os aspectos internos do condicionamento.
- A segunda maneira, pelo contexto histórico que vivemos, a cultura, os amigos, a família; são os elementos externos do condicionamento.
"Sobre Revolução"
O terceiro livro de Hannah Arendt, "Sobre Revolução", escrito em 1963, é um tributo ao pensamento liberal contemporâneo. Onde Hannah faz um paralelo entre a Revolução Francesa e a Revolução Americana, mostrando as semelhanças e diferenças. Defende a tese de que a preservação da liberdade só é possível se as intituições pós-revolucionárias interiorizarem e mantiverem vivas as ideias revolucionárias.
"Eichmann em Jerusalém"
Escrito também em 1963, o livro, "Eichmann em Jerusalém" é um livro que gerou uma enorme polêmica e críticas violentas. O livro revela que o grande exterminador dos judeus, Adolf Eichmann, não era um demônio, mas alguém terrível e terrivelmente normal. Um típico burocrata que se limitava a cumprir ordens, com zelo, sem capacidade de separar o bem do mal, ou ter contrição. Defender essa tese, lhe custou caro, organizações judaícas acusaram Hannah Arendt de falsa e traídora. No livro Hannah chamava a atenção para a complexidade humana, para uma certa banalidade do mal que surge quando se condescede com o sofrimento, a tortura e a própria prática do mal. E conclui que é fundamental manter uma permanente vigilância para garantir a defesa e preservação da liberdade.
Pensamentos de Hannah Arendt sobre Educação
Hannah Arendt ao abordar o tema educação, fez crítica a educação moderna. Hannah defendeu o conservadorismo na educação, mas não na política. Para a pensadora, o maior erro da educação foi ter colocado em prática " o absurdo tratamento das crianças como uma minoria oprimida carente de libertação". Arendt defendia a tese de que cabe aos adultos a condução das crianças.
Para Hannah Arendt, " A função da escola é ensinar às crianças como o mundo é, e não instruí-las na arte de viver". Era a favor da autoridade na sala de aula, mas sem autoritarismo, o mundo deveria, segundo seu pensamento, ser apresentado ao aluno de maneira a estimular a mudá-lo.
Dessa maneira, Arendt defendia que os pais deveriam ser os responsáveis pelo bem estar vital de seus filhos e a escola, a responsabilidade de desenvolver as qualidades e talentos pessoais.
"Qualquer pessoa que se recuse a assumir a responsabilidade coletiva pelo mundo não deveria ter crianças e é preciso proibi-la de tomar parte na educação", escreve Arendt.
Mais Livros de Hannah Arendt:
*On Revolution
*A promessa política
*Responsabilidade e juízo
Frases de Hannah Arendt
"Só a bondade deve esconder-se de modo absoluto e evitar qualquer publicidade, pois do contrário é destruída".
"A pobreza força o homem livre a agir como escravo".
"Qualquer pessoa que se recuse a assumir a responsabilidade coletiva pelo mundo não deveria ter crianças e é preciso proibi-la de tomar parte na educação".
Toda a obra de Hannah Arendt é um diálogo com os dilemas morais e políticos do século 20, onde analisa o indíviduo e sua relação com o poder. Seu foco de estudo foi o fenômeno do pensamento e da maneira que ele atua dentro de diferentes contextos históricos obscuros. O trabalho filósofico de Hannah Arendt aborda temas como, política, educação, violência, condição da mulher, os direitos individuais, a família, a sociedade de massa; tudo em nome da liberdade.
Livros Escritos por Hannah Arendt e abordagens Políticas:
"Origem do Totalitarismo"
O primeiro livro escrito por Hannah Arendt foi "Origens do Totalitarismo", escrito em 1951. O livro fala da semelhança entre nazismo e comunismo, tratando as duas ideologias como totalitárias que sobreviveram dada a banalização do terror, da manipulação política das massas. Hitler e Stalin são colocados como sendo as duas faces da mesma moeda, que alcançaram o poder por terem explorado a solidão organizada das massas. Nesse livro, Hannah mostra a importância de se voltar ao passado para poder compreender o presente. Quando a autora fala, voltar ao passado, não significa dizer para a tradição.
"A Condição Humana", de Hannah Arendt
No segundo livro, "A Condição Humana", Arendt alerta: A condição humana não é a mesma coisa que a natureza humana. A condição humana diz respeito às formas de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. São condições que tendem a suprir a existência do homem. As condições variam de acordo com o lugar e o momento histórico do qual o homem faz parte. Nesse sentido todos os homens são condicionados, até mesmo aqueles que condicionam o comportamento de outros tornando-se condicionados pelo próprio movimento de condicionar. Sendo assim, somos condicionados por duas maneiras:
- Pelos nossos próprios atos, aquilo que pensamos, nossos sentimentos, em suma os aspectos internos do condicionamento.
- A segunda maneira, pelo contexto histórico que vivemos, a cultura, os amigos, a família; são os elementos externos do condicionamento.
"Sobre Revolução"
O terceiro livro de Hannah Arendt, "Sobre Revolução", escrito em 1963, é um tributo ao pensamento liberal contemporâneo. Onde Hannah faz um paralelo entre a Revolução Francesa e a Revolução Americana, mostrando as semelhanças e diferenças. Defende a tese de que a preservação da liberdade só é possível se as intituições pós-revolucionárias interiorizarem e mantiverem vivas as ideias revolucionárias.
"Eichmann em Jerusalém"
Escrito também em 1963, o livro, "Eichmann em Jerusalém" é um livro que gerou uma enorme polêmica e críticas violentas. O livro revela que o grande exterminador dos judeus, Adolf Eichmann, não era um demônio, mas alguém terrível e terrivelmente normal. Um típico burocrata que se limitava a cumprir ordens, com zelo, sem capacidade de separar o bem do mal, ou ter contrição. Defender essa tese, lhe custou caro, organizações judaícas acusaram Hannah Arendt de falsa e traídora. No livro Hannah chamava a atenção para a complexidade humana, para uma certa banalidade do mal que surge quando se condescede com o sofrimento, a tortura e a própria prática do mal. E conclui que é fundamental manter uma permanente vigilância para garantir a defesa e preservação da liberdade.
Pensamentos de Hannah Arendt sobre Educação
Hannah Arendt ao abordar o tema educação, fez crítica a educação moderna. Hannah defendeu o conservadorismo na educação, mas não na política. Para a pensadora, o maior erro da educação foi ter colocado em prática " o absurdo tratamento das crianças como uma minoria oprimida carente de libertação". Arendt defendia a tese de que cabe aos adultos a condução das crianças.
Para Hannah Arendt, " A função da escola é ensinar às crianças como o mundo é, e não instruí-las na arte de viver". Era a favor da autoridade na sala de aula, mas sem autoritarismo, o mundo deveria, segundo seu pensamento, ser apresentado ao aluno de maneira a estimular a mudá-lo.
Dessa maneira, Arendt defendia que os pais deveriam ser os responsáveis pelo bem estar vital de seus filhos e a escola, a responsabilidade de desenvolver as qualidades e talentos pessoais.
"Qualquer pessoa que se recuse a assumir a responsabilidade coletiva pelo mundo não deveria ter crianças e é preciso proibi-la de tomar parte na educação", escreve Arendt.
Mais Livros de Hannah Arendt:
*On Revolution
*A promessa política
*Responsabilidade e juízo
Frases de Hannah Arendt
"Só a bondade deve esconder-se de modo absoluto e evitar qualquer publicidade, pois do contrário é destruída".
"A pobreza força o homem livre a agir como escravo".
"Qualquer pessoa que se recuse a assumir a responsabilidade coletiva pelo mundo não deveria ter crianças e é preciso proibi-la de tomar parte na educação".