Músicas do Mundo
Ambas etnias semitas, Ciganos e Judeus oriundos da grande família das tribos turco-árabes que se interpenetravam com os Arianos da península do Indústão (Índia), sempre conviveram pacificamente, até que algures na História, chegou a esta zona da Europa a grande vaga de refugiados resultante das invasões das tribos asiáticas que destruiram a vida no Cáucaso (o antigo reino dos Khazares mencionado por Arthur Koestler em The Thirteenth Tribe (1976) onde se descrevem as origens do judaísmo moderno).
Estes novos migrantes viriam a auto-designar-se como “Asquenazes” (o que em dialecto yidish significa “Alemães”), os quais dariam origem à designação de “brancos caucasianos” que até há muito pouco tempo vigorou como classificação étnica nos bilhetes de identidade norte americanos (por oposição aos “coloured” como Martin Luther King e/ou “hispânicos” e “asiáticos” sobre os quais a discriminação económico-racial continua a abater-se). Judeus e Ciganos separam-se aqui, uns ficaram ricos e mediáticos, os outros ficaram pobres e invisíveis…
A criação da expressão “anti-semita” é recente, nada tem a ver com a anterior história, tendo sido o termo cunhado na Alemanha em 1879 por Wilhelm Marrih para dar um “ar científico” ao estigma originado pelos brancos caucasianos que se abateu sobre os judeus em geral, incluindo o racismo latente dos “asquenazes” sobre os judeus de origem sefardita, árabes considerados sub-humanos de terceira categoria.
Em véspera de conferência em Lisboa de Norman Finkelstein, ilustre autor da “Indústria do holocausto”, seria sem dúvida útil recordar que a “dissolução da Judiaria na Europa de Leste” (segundo aencomenda feita a Raul Hilberg (1961) é um assunto envolvido por uma mitologia tornada extremamente complexa pelos judeus revisionistas da diáspora norte americana. Temos também de concordar com a estupefacção daqueles que se interrogam por o grande êxito mundial de vendas “A Invenção do Povo Judeu” do académico Shlomo Sand (2006) ainda não ter sido traduzido para português