Palavras da Vida:
- O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.
- Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.
- No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.
- Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.
- O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.
- Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.
- Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
- Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
- Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.
- Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição.
- Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.
- As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.
- Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.
- A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.
- O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações.
- A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.
- A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.
- A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. é este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.
PRÁTICA ESPÍRITA
- Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”.
- A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.
- O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.
- O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.
- A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem.
- Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.
- O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.
“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.”
“Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.”
http://marildadeoliveira.blogspot.com/bilheteemresposta
Nunca diga que a amizade não existe; qual nos acontece, cada amigo nosso tem as suas limitações e se algo conseguimos fazer em auxílio do próximo, nem sempre logramos fazer o máximo, de vez que somente o Espírito Superior consegue tudo em todos.
sábado, 26 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
"Die Einheit" uma organização judaica secreta
Em outras oportunidades já salientamos o paralelismo entre o reavivamento do "Maranata!" ("vem, nosso Senhor!"), um novo despertar entre os cristãos quanto à expectativa da iminente volta de Jesus, e o sionismo, o movimento para trazer os judeus da Diáspora (Dispersão) de volta para Eretz Israel (a Terra de Israel). Esses dois importantes processos deram-se quase simultaneamente. A revista "Christen an der Seite Israels" ("Cristãos que apóiam Israel") publicou uma tabela cronológica do retorno dos judeus à sua antiga pátria:
1838: Em Viena (Áustria) foi fundada "Die Einheit" ("A Unidade"), uma organização judaica secreta destinada a fomentar a emigração dos judeus para a "Palestina".
1840: Lord Palmerston, o ministro do Exterior britânico, encarrega a embaixada britânica na Turquia de interceder junto ao sultão turco pelo retorno dos judeus à "Palestina".
1844: O pastor britânico Bradshaw sugere que sejam disponibilizadas consideráveis somas de dinheiro para uma nova colonização da Terra Santa.
1849: O coronel britânico e sionista cristão George Gawler (1796–1869) acompanha o filantropo judeu Sir Moses Montefiore em uma viagem à Terra Santa e convence-o a investir na reconstrução da nação judaica.
1860: Na cidade prussiana de Thorn realiza-se uma conferência judaica. É discutida a possibilidade de fundar uma nação judaica na "Palestina".
1864: O cristão e sionista suíço Henri Dunant (fundador da Cruz Vermelha) solicita a Napoleão III e a outros chefes de Estado que apóiem o retorno dos judeus à Terra Santa.
1865: Após duas visitas à Terra Santa, o luterano e sionista alemão Dr. C. F. Zimpel publica um "Chamamento a toda a Cristandade e aos Judeus em prol da Libertação de Jerusalém".
Pouco tempo mais tarde, Zimpel escreve profeticamente: "No final, a emigração para a Palestina será a única salvação para os judeus. Eles serão odiados por todos".
1874: O filho do cristão sionista George Gawler, John Cox Gawler, dá continuidade à obra de seu pai e torna público um detalhado e prático projeto para a povoação de Eretz Israel (a terra de Israel) pelos judeus.
1875: O cristão sionista Henri Dunant funda em Londres a "Palestine Colonization Society". Seu alvo: apoiar e facilitar o retorno dos judeus a Israel.
1878: O homem de negócios e missionário americano William Blackstone publica seu livrete "Jesus Vem", no qual conclama a uma retomada da vida nacional judaica em Sião.
1881: No leste europeu, o movimento religioso-sionista "Hibbat Zion" ("Amor por Sião") conclama à emigração judaica para a "Palestina".
1882: O judeu alemão Leo Pinsker escreve seu livro "Auto-Emancipação", onde apela aos judeus para que iniciem uma "volta nacional para as margens do rio Jordão".
1882–1904: Mais de 25.000 judeus do leste europeu emigram para Eretz Israel (primeira "aliá" [imigração]).
1884: William Hechler, cristão sionista e pastor da embaixada britânica em Viena, escreve "A Volta dos Judeus à Palestina Segundo os Profetas". Posteriormente, ele faz amizade com Theodor Herzl, a quem aconselha e aproxima dos líderes europeus.
1896: Theodor Herzl publica seu livro "O Estado Judeu". A obra é a base do sionismo político e um guia para a fundação do novo Estado de Israel em 1948.
1897: Acontece o primeiro Congresso Sionista na Basiléia (Suíça). O sonho sionista de Herzl apela principalmente aos judeus do leste europeu, que iniciam a dura viagem a Israel. Convidados de honra do Congresso, além dos 159 delegados, foram os proeminentes sionistas cristãos pastor William Hechler, Henri Dunant e o pastor luterano alemão Dr. Johann Leptius.
O movimento religioso "Hibbat Zion" adere à Organização Sionista, de orientação secular.
1898: Após intenso lobby do pastor William Hechler, o imperador alemão Guilherme II foi o primeiro líder europeu a publicar um manifesto de apoio ao sionismo.
1914: Entre 1881 e 1914 mais de 60.000 judeus russos partem para Israel. Outros dois milhões fogem para os EUA e 200.000 vão para a Inglaterra.
1917: O ministro do Exterior britânico Lord Balfour declara que a Grã-Bretanha apóia oficialmente a fundação de um "lar judeu" na "Palestina".
O presidente americano Woodrow Wilson apóia a "Declaração Balfour". Ela passa a ser a base jurídica para futuros documentos da Liga das Nações e das Nações Unidas.
A partir de 1919: Primeira onda de emigração de judeus alemães para a "Palestina".
1936–1939: O oficial britânico cristão Charles Orde Wingate forma tropas de combate judaicas na "Palestina". Sob sua liderança, elas combatem o terrorismo árabe. Por sua postura sionista, ele é transferido em 1939.
1945, 30 de abril: Suicídio de Hitler.
1945, 9 de maio: Capitulação incondicional da Alemanha. Fim da Segunda Guerra Mundial, que dizimou aproximadamente 60 milhões de pessoas.
1948, 14 de maio: Fundação do Estado de Israel com a Declaração de Independência proferida por David Ben Gurion.
1949: Jerusalém torna-se novamente a capital de Israel.
1950: O sionista cristão Pierre von Paaschen publica o "Jewish Calling" ("Clamor Judeu"), onde transcreve o lamento de Raquel da seguinte maneira: "Se Israel morrer, Tua Torá ficará vazia e sem valor. O mundo não será salvo. Se Israel for apagado da face da terra, Tu não serás mais o Santo de Israel".
1967: Durante a Guerra dos Seis Dias, Israel conquista a Judéia, a Samaria, as colinas de Golan, a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Inúmeros lugares sagrados do judaísmo e do cristianismo voltam ao domínio judeu.
A URSS rompe relações diplomáticas com Israel.
A Holanda assume a representação diplomática israelense na União Soviética, tornando-se responsável diante das autoridades pela emigração dos judeus soviéticos para Israel.
1971: Em uma carta dirigida ao jornal "L’Osservatore Romano" do Vaticano, o teólogo católico e sionista cristão John Oesterreicher critica a postura anti-israelense do jornal e da igreja católica: "Enquanto cristãos e muçulmanos usufruíam de liberdade religiosa em Israel sob o domínio jordaniano (1948–1967), os judeus eram privados desse direito. Eles não podiam nem orar junto ao Muro das Lamentações... Não se ouviu protestos dos cristãos contra a destruição de todas as sinagogas na parte oriental de Jerusalém, administrada pela Jordânia."
1972: A partir desse ano cresce novamente a imigração de cidadãos judeus oriundos da URSS. Na década de 70 chegaram aproximadamente 100.000 judeus russos a Israel.
1989: De outubro de 1989 até o final de 1999, mais de 700.000 judeus russos chegam a Israel.
1998: O jovem Estado de Israel comemora seu 50º ano de existência.
1999: Israel tem mais de 6 milhões de habitantes, dos quais 4,8 milhões são judeus. O forte fluxo de imigrantes judeus do leste europeu se mantém.
Sob o título "Sensacional retorno à Bíblia", o texto prossegue:
Depois que o imperador Constantino tornou-se cristão no ano 313 e da igreja ter perdido a expectativa de um reino divino... somente com a Reforma voltou-se a pensar no assunto.
Mas apenas no início do século 19 essa questão voltou a despertar maior interesse. Em 1826, cinqüenta teólogos e leigos reuniram-se no sul da Inglaterra para orar intensivamente e estudar a Bíblia... A revista "The Morningwatch" ("A Vigília da Manhã") começou a ser editada. As mensagens bíblicas do reino messiânico e do lugar de Israel nesse reino foram redescobertas.
Vivemos em um tempo extraordinário, no limiar para a meia-noite. O Senhor quer despertar e santificar Sua Igreja. Em seu comentário sobre o Evangelho de Mateus, Ernst Kruppa escreve:
Certa vez li o Novo Testamento e sublinhei com uma caneta verde todas as passagens que falam da vinda do Senhor. No final da leitura, meu Novo Testamento estava quase todo verde. E eu mesmo pude me certificar de que a maioria das passagens que falam da volta de Jesus vem acompanhada de exortações à santificação diária. Isso deixou muito claro para mim que a volta de Jesus não é uma questão de números e datas, mas de santificação. A Palavra de Deus não nos ordena que façamos cálculos com datas – ela nos ordena que sejamos santos.
Lemos na parábola das dez virgens: "Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!" (Mt 25.6). Seria extenso demais tratar aqui de todos os impressionantes sinais preparatórios do palco do fim dos tempos, que atualmente apontam para seu clímax. Nos últimos 150-200 anos irrompeu entre os judeus espalhados pelo mundo a idéia de voltarem para sua pátria, e paralelamente a Igreja de Jesus voltou a ter consciência do retorno do Senhor e do arrebatamento. Nesse período, sucederam-se duas guerras mundiais, acompanhadas de outros rumores de guerra (Mt 24.6). Desde o século 19 os terremotos aumentaram drasticamente e, como nunca antes na História, hoje temos os meios para ficar sabendo a respeito da sua ocorrência. Os desenvolvimentos na área da tecnologia sucederam-se em ritmo tão frenético que é quase impossível acompanhá-los. Além disso, os países da Europa estão com muita pressa para consolidar a sua união.
Parece que no século 19 uma roda começou repentinamente a se movimentar, que mais e mais engrenagens se uniram e que tudo passou a girar em velocidade cada vez maior. Maranata! Jesus está voltando! (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br/mensagens/maranata_sionismo.html
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
A carta de Simonini para Barruel
Entre os papéis deixados por Barruel é uma cópia feita por ele, em uma carta dirigida a ele de Florença 05 de agosto de 1806, e chegou em Paris em 20. O original, como você vai ver que ele foi enviado ao Papa Pio VII. Outras cópias autenticadas foram tiradas e enviadas para vários bispos. Um correspondente daVerdade encontrou um deles, já são 15 anos nos arquivos de um bispo, e enviou uma cópia para elaboração de 02 de outubro de 1893.
O bispo desta diocese havia anunciado em 1822 que o documento a um convertido famoso e tinha escrito em sua cabeça: "Não - você não precisa voltar para mim esta cópia que M *** me pediu para transmitir".
Aquele a quem esta comunicação foi feita, enviou o documento ao bispo 09 maio de 1822, com uma letra que esteja na mesma Arquivos O original e onde você lê estas linhas: "Tenho a honra de me referir aos cartões que Ella V. Altura ele queria me dizer, por M ***. carta de Florença, sobre os judeus era do meu já conhecido, o Marquês de Montmorency havia me mostrado em Paris ... ".
Aqui está o documento, que traz esta nota Barruel. " Eu copiar também as falhas de gramática .
"J. ... M. Florença, 05 de agosto de 1806.
"Senhor, são poucos meses que, por acaso, eu estava tão aventuraram por ter conhecido o seu excelente trabalho intitulado Memoires des jacobinos . que eu li, ou melhor, devorei com prazer indescritível, e eu ganhei grande lucro e lâmpadas ainda mais para o meu pobre comportamento, mais que eu encontrei exatamente pintada muitas coisas, de que eu era, no decorrer da minha vida, uma testemunha ocular, mas ainda sem entender bem. Receba, ó Senhor, por um militar ignorante, como são as mais sinceras felicitações em seu trabalho, você pode justamente chamar a obra por excelência do século passado. Oh, quão bem você ter exposto estes sete infame que preparar o caminho para o Anticristo, e os inimigos são implacáveis, não só a religião cristã, mas cada religião, cada sociedade, de cada ordem. Ve tem um, no entanto, que você não tocou levemente. Talvez você tenha feito isso de propósito, porque ess'è o mais conhecido, e Consequentemente, menos a temer. Mas, na minha opinião, agora é o poder mais formidável, considerando sua grande riqueza ea proteção de que goza em quase todos os estados da Europa. compreendê-lo bem, Senhor, que eu falo seita judaica. Parece bastante inimigo separado e os outros sete, mas realmente não é. Na verdade, apenas um desses monstros é o inimigo do nome cristão, pois contribui para o seu desenvolvimento, os salários, protegê-la. Nem l ' vemos a nós, e nós não vemos esbanjando seu ouro e sua prata para apoiar e orientar os sofistas modernos, os maçons, os jacobinos, gl'Illuminati? judeus, portanto, com todos os outros sectários, que não formam uma única fração, para destruir, se possível, o nome Christian E não pense, senhor, que este é um dos meus exagero eu não expor nada que eu não tenha sido chamado pelos próprios judeus, e aqui está como:.. enquanto Piemonte, Minha casa foi na revolução, eu tinha que participar do acampamento e para tratar de forma confidencial com eles. Eles foram, contudo, o primeiro a ricercarmi, e eu, desde então, eu não era tão escrupuloso, fingi que me amarrar em uma estreita amizade com eles, e foi para dizer-lhes, pedindo o mais estrito sigilo, que nasceu em Livorno, em uma família judia, mas ainda jovem ele foi criado por aqueles que não sabem, eu não sei se foram batizados, e que, apesar de tudo ' Eu vivi fora e fazer como católicos, em meu interior, porém, eu pensava como os da minha nação, para que ele sempre manteve um amor terno e secreto. então eles me deram as maiores ofertas e eu dei tudo de si, a confiança e eu prometi para me fazer divenir geral, se quisesse juntar-se a seita dos Maçons; me mostrou somas de ouro e prata, que eles distribuídos, segundo ele, para aqueles que abraçaram o seu partido, e eles queriam me absolutamente presente três braços decorados os sinais da maçonaria, que concordaram em não disgustarli e envolvê-los cada vez mais para me contar seus segredos Aqui está o que os judeus principais e mais rico que me disseram em várias circunstâncias.:"1, que Manès eo velho infame da montanha tinha saído de sua nação - 2 gl'Illuminati que os maçons e tinha sido criado por dois judeus, de quem me disse os nomes, mas, infelizmente, eu ter escapado da memória, 3 que, em uma palavra, todos eles tiveram a sua origem nos sete anti-cristã, que atualmente eram tantos no mundo ch'esse chegou a mais de milhões de pessoas a cada sexo, cada estado, de cada posto e cada condição, - 4 que em nosso critério partisans italianos para eles que tinham mais de 800 sacerdotes, seculares e regulares, incluindo muitos padres, professores Pública, prelados, um bispo, um cardeal, e que, de um momento, que não se desesperou para ter um papa de seu partido, (assumindo que este era um cismático, torna-se possível), - 5 °, que também, na Espanha, eles tinham um grande número de adeptos, incluindo o Clero, embora neste domínio ainda era forçar a sangrenta Inquisição - 6 que a família dos Bourbons foi seu maior inimigo, que, em poucos anos, na esperança de destruí-lo - 7 para melhor enganar os cristãos que eles se fingem ser cristãos, viajando e indo de um país para outro com certificados falsos de batismo, a compra de certo Preparado gananciosos e corruptos, - 8 ° na esperança de que eles força de dinheiro e fraudes de todos os governos obter a partir de um estado civilizado, como já alcançado em muitos países; - 9 ° e possuindo os direitos dos cidadãos como todos os outros, eles vão comprar as casas e terras para o que neles há, e que por meio de usura virá em breve para tirar os cristãos do seu fondiarii propriedade e os seus tesouros. Isto já começa a tomar lugar na Toscana, onde os judeus com o exercício impunidade desgaste a mais exorbitante e fazer compras imensas e contínua se no campo do que nas cidades, - 10 ° e por esta razão eles prometeram em menos de um século para ser os mestres da mundo, de abolir todas as outras seitas para reinar-los como muitos sinagogas de Igrejas dos cristãos, e para reduzir o resto deles a uma verdadeira escravidão.
"Eis aqui, Senhor, os planos malignos da nação judaica, que eu ouvi com meus próprios ouvidos. Sem dúvida, é impossível que todos eles podem fazer, porque eles são contrários à infalíveis promessas feitas por Jesus Cristo à sua Igreja, e as várias profecias que proclamam claramente que este povo, ingrato e obstinado, deve permanecer vagando e vagando, no desprezo e escravidão, até que você começa a conhecer o verdadeiro Messias ele crucificado, e enfrentar pela última vez, o consolo da Igreja, abraçando fé. No entanto, eles podem ser muito doloroso se os governos continuam a favorecê-los, como fizeram por muitos anos. seria, portanto, muito desejável que uma caneta enérgico e mais como o seu fez abrir os olhos desses governos, e instruí-los a trazer de volta este povo nell'abbiezione que é devido, e em que nossos pais eram mais político e mais sensata de nós sempre o cuidado de guardá-los. Para isso, Senhor, eu convido você, em meu nome particular, e lhe peço para perdoar uma italiano, a um soldado, os erros de todos os tipos que você vai encontrar nesta carta. Desejo-lhe da mão de Deus, a maior recompensa promessa escrita brilhante que enriqueceu a sua Igreja, e que Ele vai inspirar para você, a quem, lei, a mais alta estima eo profundo respeito que tenho a honra de ser, Senhor, o teu servo mais humilde e obediente.
"João Batista Simonini."
"PS." Se eu puder servir neste país, em qualquer coisa, e se precisar de novas explicações sobre o conteúdo desta carta, deixe-me saber, e você vai ser obedecida. "
Notas Barruel adicionado pela cópia desta carta:
NB. I. - ". Após a reflexão, o objeto desta carta parece incrível, e, pelo menos na crítica saudável, quantos ensaios exigiria impossível de ser adquirido estou cuidado para não publicar nada parecido No entanto, eu pensei que o meu dever de comunicar ao cardeal Fesch, que ele ele fez com o Imperador do uso que ele julgado pelo caminho. Igualmente fezes em DESMARETZ pois ele vai falar com o chefe de polícia se eles acreditavam útil.
Eu acho que eu teria feito melhor não publicar nada parecido.
Conversando com as pessoas desta carta, o meu objetivo era evitar o efeito que poderia ter o Sinédrio reuniu-se em Paris com o Imperador. Ele fez a maior impressão sobre DESMARETZ como foi então empregada na pesquisa sobre o comportamento dos judeus, que, segundo ele, estavam em Alsace muito pior do que na Toscana. Ele queria manter o original, eu recusei, reservando-se a enviar ao Papa, como eu fiz, pedindo-lhe para fazer as investigações Simonini acessíveis para saber o grau de confiança que ele merecia esta carta. Poucos meses depois, St. Santidade me fez escrever abade chefe, sua secretária, anunciou que toda a veracidade e honestidade do homem que tinha me descobri tudo o que foi dito ter sido uma testemunha. Como resultado, as circunstâncias que Ele não nos permitiu comunicar com Simonini, eu acreditava que o objeto da carta ter que manter um silêncio profundo, bem certo de que se eu não acreditar nisso, melhor não estava dizendo nada.
NB. 2. - Após a chegada do rei, enviei uma cópia da carta.
Para entender esse ódio dos judeus contra o rei da França, você tem que recuperar até Filipe, o Belo, que havia levado da França no ano de 1306 todos os judeus e tomaram posse de todos os seus bens. Assim, no decorrer do tempo, uma causa comum com Templarii. - Origem do grau de Kadoc.
NB. 3. - Eu sabia, por meio de um maçom iniciado nos grandes mistérios da seita, que há muitos judeus, especialmente nos níveis mais elevados.
Tudo o que é mostrado nesta carta aos primórdios do século XIX, ele não tem que se tornar realidade, e não está sob os nossos olhos, no início do século XX?
Quem vai dizer até que ponto você tem crescido a riqueza dos judeus, e eles exercem qual'influenza hoje em todos os Estados da Europa?
Além disso, não é óbvio que proteger, promover, stipendiano tudo o que é contra o nome cristão?
Estado civil que lhes permite pertencer simultaneamente a duas nacionalidade, e aquele em que eles entraram, eles obtiveram-lo por todos os governos que tomaram com eles os princípios de 89.
Vemos também o uso que fazem desta situação. Se eles são propostos e que praticá-la: os que roubam, tão gentilmente, eles abrem os braços.
E, como previsto, em menos de um século, tornaram-se nossos mestres, eles intraveggono o dia serão os mestres do mundo.
Como eles queriam, a família dos Bourbons é perseguido por todo o local exato-Membro onde reinou.
A ordem religiosa não conseguiu tudo o que queria, mas que não fizeram?
Por último, é interessante comparar o que é preocupante disse neste documento: "Um pouco mais não se desespere de ter um papa de seu partido", uma vez que esta era composta principalmente pela Alta Vendita, cerca de vinte e cinco anos depois do envio esta carta?Ele reler os escritos acima mencionados de Nubius e outros conspiradores.
http://utenti.multimania.it/armeria/del_Ap06_PI.html
Burschenschaf "Comunhão dos Invisíveis"
A misteriosa vida do fundador da Bucha, que influenciou a história do país
HERBERT CARVALHO
Júlio Frank: príncipe ou fugitivo? Reprodução |
No Brasil, a Burschenschaft surgiu na década de 1830 entre os alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, fundada por um professor alemão de nome Júlio Frank, nascido em Gotha, capital do ducado de Saxe-Coburgo-Gotha, em 1808, há exatos 200 anos. Frank viveu apenas 32 anos, dez dos quais no país em que morreu e foi enterrado, de maneira insólita: por ser protestante, as autoridades católicas negaram-lhe sepultura no interior das igrejas e nos cemitérios. Por decisão dos alunos e com o apoio dos professores, ele foi então sepultado no pátio da escola, onde ainda pode ser visto seu túmulo imponente (tombado pelo Patrimônio Histórico), com inscrições em latim e símbolos como um obelisco e quatro mochos – o Mocho ou Coruja de Minerva era um distintivo das lojas maçônicas da Ordem dos Iluminados da Baviera, criada por Adam Weishaupt, no sul da atual Alemanha.
Ao contrário da existência curta de seu fundador, Júlio Frank, a Bucha – como passou a ser chamada a Burschenschaft brasileira – teve vida longa e influência duradoura na sociedade: abolicionista e republicana durante o Império, de seus quadros saíram nada menos que todos os presidentes civis da República Velha (1889-1930), à exceção de Epitácio Pessoa. Poetas como Castro Alves, Álvares de Azevedo e Fagundes Varela e personalidades da história do Brasil como Ruy Barbosa e o barão do Rio Branco também pertenceram à Bucha, que diferentemente de suas congêneres alemãs sempre foi uma sociedade absolutamente secreta, submergindo na mais rigorosa clandestinidade após a Revolução de 1930.
Entretanto, quem na verdade foi Júlio Frank, além de portador das idéias liberais de Kant e de Schiller, que impulsionariam a longevidade da Bucha? O mistério é grande e as versões são inúmeras. Seria um príncipe desterrado, como supôs seu compatriota Carl von Koseritz, no livro Bilder aus Brasilien (Imagens do Brasil)? Seria um fugitivo com nome falso em busca de refúgio após ter cometido um assassinato com fins políticos, como garantia nos anos 1930 o escritor integralista Gustavo Barroso, ferrenho adversário da Bucha? Ou seria, como sustenta na biografia romanceada A Sombra de Júlio Frank o escritor brasileiro de origem alemã Afonso Schmidt, um fugitivo, sim, mas por motivos outros como dívidas e envolvimento em duelos? Esta reportagem, que inclui um depoimento da escritora Lygia Fagundes Telles sobre a Bucha, não tem a pretensão de decifrar o enigma, mas objetiva resgatar um personagem histórico pouco conhecido, que, assim como o italiano Líbero Badaró, contribuiu para fazer da acanhada São Paulo de 10 mil habitantes do início do século 19 o que é hoje em termos econômicos e políticos.
Intelectual rebelde
Os poucos documentos encontrados na Alemanha em uma pesquisa feita na primeira metade do século passado – o registro de seu batismo em Gotha e uma carta para a direção da universidade de Göttingen, onde estudou – apontam a opção de Schmidt como a mais próxima da realidade. Eles desmontam a hipótese, formulada por Barroso em sua História Secreta do Brasil, de que Júlio Frank seria apenas o nome fictício de Karl Ludwig Sand, assassino do dramaturgo panfletário August von Kotzebue, tido como agente russo que, a mando do czar, estimulava divisões entre os pequenos Estados alemães de modo a obstruir sua unificação, que só viria a ocorrer na década de 1870. Sand, ligado às Burschenschaft, foi decapitado em 20 de maio de 1820, quando Júlio Frank tinha apenas 12 anos. Não poderiam ser a mesma pessoa, como alegado por Barroso, que explica a execução como uma farsa montada para encobrir a fuga de Sand para o Brasil. Esse e outros exageros do integralista foram criticados até pelo chefe do movimento, Plínio Salgado, que o considerava um radical extremado, capaz de distorcer as verdades históricas ao sabor de seus objetivos políticos.
Embora seja certo que Frank não era Sand, é duvidoso que tenha sido filho legítimo de Charlotte Friederike Herrlau e de Karl Friedrich Frank, conforme consta do registro localizado na igreja Sankt Margarethen, pela razão de que ambos tinham se casado um mês antes de seu nascimento, em uma época e lugar que tornam inimaginável o sexo antes do casamento. Afonso Schmidt suspeita que Frank tivesse origem nobre, fruto do deslize de alguma princesa, hipótese reforçada pela proteção que recebia do próprio Adam Weishaupt, o fundador da Ordem dos Iluminados.
Na escola primária teve desempenho intelectual brilhante, mas comportava-se de maneira rebelde. Após a conclusão do ensino básico em Gotha, foi para Göttingen, onde a situação se repetiu: adquiriu os amplos conhecimentos que exibiria no Brasil – filosofia, história antiga e medieval, matemática, geometria, física e os principais idiomas falados na Europa, além do latim –, mas acabou expulso por dívidas e ferimentos causados a rivais, em duelos.
Nasce a Bucha
É nessas condições, com pouco mais de 20 anos e provavelmente foragido da Justiça, que aporta deste lado do Atlântico, onde seus passos são mais conhecidos, faltando determinar a data exata em que isso ocorreu. Sabe-se com certeza, porque consta do Registro de Estrangeiros catalogado no Arquivo Nacional, que estava no Rio de Janeiro em 1831 e no dia 14 de junho desse ano viajou para São Paulo. Antes, passou uma temporada na Fortaleza de Lage, possivelmente em razão de desavença com o capitão do navio que o trouxe.
O país que recebe Júlio Frank está convulsionado pela abdicação de dom Pedro I e inicia uma década de revoltas armadas – Sabinada, Balaiada e Cabanagem ao norte, além da Revolução Farroupilha, no sul – que quase o desintegram e só terminam com a maioridade de dom Pedro II. Vive também a transição de ciclos econômicos que se encerram, como o do açúcar e o do ouro, para o do café, que se inicia.
Após breve passagem por Sorocaba, onde manteve contato com seus compatriotas, que por determinação de dom João VI haviam criado e dirigiam a Fábrica de Ferro São João de Ipanema, chega a São Paulo – já falando o português com perfeição – sob a proteção do brigadeiro e chefe político liberal Rafael Tobias de Aguiar.
A capital paulista ainda exibia as características do arraial de sertanistas que fora nos três séculos precedentes, alteradas apenas em 1828, quando nela o convento dos frades franciscanos foi adaptado para sediar um dos cursos jurídicos criados no ano anterior. Em 1830 sofrera um grande abalo com o assassinato do médico e maçom italiano Giovanni Baptista Badaró, que entraria para a história com o apelido – Líbero ("livre") – que adotou.
Badaró dava aulas de aritmética e geometria no Curso Anexo – que preparava os pretendentes a ingressar na Faculdade de Direito –, o mesmo que teria Júlio Frank como professor de história, a partir de 1834. Ambos deixariam uma marca indelével naqueles estudantes, que, vindos de todo o Brasil, preparavam-se para se tornar a elite dirigente de uma nação recém-independente, que não podia mais formar seus filhos em Coimbra, como antes.
É no convívio com esses jovens, para quem escreveria um livro, dos primeiros impressos em São Paulo – Resumo de História Universal, que inclui um discurso feito por Schiller na abertura do curso de história na Universidade de Iena –, que Júlio Frank tem a idéia de recriar a Burschenschaft nos trópicos. Como muitos vinham de famílias humildes e careciam de recursos para estudar, ele privilegiou o caráter filantrópico da iniciativa, assentando a Bucha Paulistana, como seria conhecida, no seguinte tripé de objetivos: 1. Prestar assistência aos estudantes carentes; 2. Manter a participação daqueles que concluíssem o curso auxiliando-se mutuamente; 3. Os membros que conquistassem posições e cargos públicos cercar-se-iam de seus irmãos bucheiros.
Iniciação
A condição essencial para integrar a Bucha era ser aluno da Faculdade de Direito. Posteriormente, sob a orientação e supervisão de bucheiros, seriam criadas duas outras sociedades secretas de estudantes: a Landsmannschaft, na Escola Politécnica de São Paulo – que teve como grandes expoentes Francisco de Paula Sousa e Ramos de Azevedo – e a Jugendschaft, na Escola Paulista de Medicina, sob a liderança de Arnaldo Vieira de Carvalho. Uma cópia da ata de fundação da Jugendschaft, em 1915, foi obtida pelo jornalista Luiz Ernesto Kawall, que a partir de uma encomenda de Carlos Lacerda pesquisou o assunto por 30 anos. Lacerda planejava escrever um livro sobre a Bucha quando morreu, em 1977.
Nenhuma de suas congêneres, porém, teve a importância ou a duração da Bucha. Nas Américas, o único paralelo que se pode estabelecer é com a Skull & Bones, a ultra-secreta confraria de estudantes de Yale, uma das mais elitistas universidades dos EUA.
Se os alunos da Faculdade de Direito de São Paulo constituíam, de modo geral, os filhos da classe dirigente brasileira no século 19 – principalmente cafeicultores –, os membros da Bucha, que não ultrapassavam 10% do total, eram sua ponta-de-lança moral e intelectual. No livro A Bucha, a Maçonaria e o Espírito Liberal, o historiador Brasil Bandecchi relata que o ingresso na Bucha não dependia da vontade do estudante: "O futuro membro era escolhido entre os que revelassem firmeza de caráter, espírito filantrópico, amor à liberdade e aos estudos".
A partir daí, de acordo com o Pacto Fundamental da Bucha – um documento datilografado, semelhante a um estatuto, a que Problemas Brasileiros teve acesso em uma versão de 1922, guardada pelo filho de um bucheiro, que prefere não ser identificado –, o ritual de admissão do candidato era semelhante ao de um clube fechado, assim como suas obrigações. Tinha de ser proposto por outros membros e se fosse aceito passaria a pagar mensalidades, que variavam de acordo com o nível hierárquico, a saber: catecúmenos, crentes e apóstolos, estes apenas 12, no nível mais elevado. As semelhanças com um clube, porém, terminavam aí. O bucheiro aceito era iniciado numa sessão secreta e tinha de fazer o seguinte juramento: "Juro pela minha honra jamais revelar a quem quer que seja o que me vai ser confiado hoje. Serei o mais infame dos homens se faltar a esse meu juramento".
No poder
Ao longo do século 19, a Bucha acumulou forças para desempenhar, na República, o mesmo papel que fora da maçonaria na Independência: o de provocar a ruptura para depois controlar os acontecimentos por meio de seus membros colocados em posição proeminente na direção do Estado. Entre os 133 participantes da Convenção Republicana de Itu, em 1873, que resultaria na criação do Partido Republicano Paulista, predominavam bucheiros como Campos Salles, Francisco Glicério, Américo de Campos e Rangel Pestana. Estes últimos figurariam, ao lado de Júlio de Mesquita, entre os fundadores, ainda na década de 1870, do jornal "O Estado de S. Paulo", que seria uma espécie de órgão oficial da Bucha: em suas páginas se publicaram, entre os anos de 1916 e 1919, as notícias sobre a Festa da Chave, que reunia no pátio da faculdade, juntamente com os alunos, as principais autoridades do estado. Uma dessas notas informa que no dia 2 de dezembro de 1916 "o bacharelando Júlio de Mesquita Filho entregará a Chave ao quartanista Abelardo Vergueiro César". A Chave representava o poder supremo na Bucha, e o Chaveiro era substituído anualmente, numa festa que no auge do predomínio político da Bucha chegou a ser pública.
Logo depois de 15 de novembro, a Comissão dos Cinco encarregada de elaborar o anteprojeto da Constituição republicana tinha três bucheiros entre seus membros – Saldanha Marinho, Américo Brasiliense e Santos Werneck –, de acordo com Afonso Arinos de Melo Franco (também bucheiro e filho de bucheiro), na biografia que escreveu sobre o presidente Rodrigues Alves. Os três ministros civis mais proeminentes do governo provisório encabeçado pelo marechal Deodoro da Fonseca eram da Bucha: Ruy Barbosa (Fazenda), Campos Salles (Justiça) e Quintino Bocaiúva (Negócios Estrangeiros).
Foram bucheiros os presidentes da República da política do café – os paulistas Prudente de Moraes, Campos Salles, Rodrigues Alves, Washington Luís e Júlio Prestes, eleito em 1930 e que não chegou a assumir – com leite – os mineiros Afonso Pena, Wenceslau Braz e Arthur Bernardes. Também da Bucha era o senador gaúcho Pinheiro Machado, principal articulador dos bastidores da política nacional até seu assassinato, em 1915.
Símbolo histórico
A decadência da Bucha é simultânea ao declínio da República Velha. O racha no Partido Republicano Paulista, que leva à fundação do Partido Democrático, ocorre antes na Bucha, durante disputa para a presidência do Centro Acadêmico XI de Agosto, entidade fundada em 1903 e desde então comandada por bucheiros.
Em 1930 a Bucha sai da cena política, dando origem, no ano seguinte, à Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (Fadusp), atualmente presidida por José Carlos Madia de Souza, e que, com 13 mil sócios, dedica-se a homenagear professores e ex-alunos proeminentes, buscando transmitir às novas gerações as tradições acadêmicas.
O primeiro presidente da associação, porém, foi ninguém menos que José Carlos de Macedo Soares, o mesmo que presidiu o XI de Agosto em 1905 e que, no ano seguinte, enviou ao então presidente da República, Afonso Pena, uma lista de 30 "invisíveis" (em seu próprio estatuto a Bucha também se classifica como "Comunhão dos Invisíveis"), para que a partir dela fosse feita a escolha dos 12 apóstolos, conforme cita Américo Lacombe no livro Afonso Pena e Sua Época.
As correspondências recebidas por Afonso Pena de bucheiros, inclusive a que tratava da nomeação de um deles, o jurista Pedro Lessa, para o Supremo Tribunal Federal, eram sempre encabeçadas pelas letras F.E.C., que representavam os três pilares fundamentais da Bucha: Fé, Esperança e Caridade. A "Fé" na ciência e na própria sociedade secreta. "Esperança" de manter suas posições de comando na política e "Caridade", significando o auxílio mútuo a ser prestado em qualquer circunstância da vida.
Após a derrota da Revolução Constitucionalista de 1932, deflagrada por bucheiros e que teve como epicentro a própria faculdade, muitos deles seguem para o exílio, enquanto a polícia fecha o cerco contra a Bucha. Ao ser nomeado interventor em 1938, Adhemar de Barros entrega a Vargas uma lista com o nome de bucheiros sob vigilância. Getúlio lê e comenta: "Não se pode governar o Brasil sem essa gente".
Se a Bucha continuou a existir não se sabe, mas o certo é que num dia de 1944 a então estudante de direito Lygia Fagundes (que ainda não era Telles) estava no pátio da escola quando um rapaz lhe colocou algo nas mãos e disse: "Guarda essa chave. Depois eu explico". Em depoimento a Problemas Brasileiros, ela conta que o moço sumiu em seguida. "Guardei a estranha chave na bolsa e a levei para casa. Minha mãe comentou que parecia chave de portão de cemitério, mas meu pai, que estudou na faculdade e provavelmente foi da Bucha, se assustou: ‘Essa chave? Quem te deu? Guarda’ ".
Lygia guardou, casou-se com Goffredo da Silva Telles Júnior (provável bucheiro de uma família com vários ascendentes comprovadamente membros da Bucha), separou-se, tornou-se escritora, casou-se novamente, ficou viúva e, mais recentemente, foi homenageada numa sessão solene na faculdade pela Associação dos Antigos Alunos, quando aproveitou "para devolver a esta escola algo que a ela pertence": a Chave. Símbolo de uma história que segundo ela foi fruto da semente plantada por Júlio Frank e que continuará a desabrochar enquanto houver fé, esperança e caridade no coração de antigos e atuais alunos da velha academia.
Para registrar os 200 anos de nascimento de Júlio Frank, em 8 de dezembro, os antigos alunos estão preparando uma edição comemorativa, ilustrada e complementada com textos sobre a Bucha, da obra de Afonso Schmidt. http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edicao_Id=313&Artigo_ID=4913&IDCategoria=5624&reftype=1&BreadCrumb=1
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